Avaliação de desempenho do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 6 - água potável e saneamento - na região Metropolitana do recife, Pernambuco
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Data
2022-06-20Autor
Silva, Fernanda Cláudia Barboza da
http://lattes.cnpq.br/8550341783423539
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A universalização dos serviços de saneamento, a qualidade e a quantidade dos recursos
hídricos têm impactos diretos sobre a saúde pública, o meio ambiente, o desenvolvimento
econômico e sustentável. Visando discutir essas e outras questões, na Conferência Rio +20, as
negociações da Agenda 2030 culminaram em 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
(ODS) criando um objetivo exclusivo para tratar a questão da água e do saneamento, o ODS
6. Dada a urgência do atendimento das metas de tal objetivo, é necessário monitorar também
os seus indicadores a nível local. Dessa forma, este estudo teve como objetivo avaliar os 14
municípios e 8 reservatórios de abastecimento da Região Metropolitana do Recife (RMR) à
luz do ODS 6, entre os anos de 2010 e 2020. Buscando atingir esse fim, os indicadores de
proporção da população que utiliza serviços de água potável geridos de forma segura (6.1.1);
proporção da população que utiliza serviços de esgotamento sanitário geridos de forma segura
(6.2.1); proporção de águas residuais tratadas de forma segura (6.3.1); proporção de corpos
hídricos com boa qualidade de água (6.3.2) e nível do stress hídrico (6.4.2) foram calculados
conforme metodologia adaptada da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA)
e o alcance das metas do ODS 6 avaliadas de acordo com as terminologias do Relatório Luz
(2021). O indicador 6.1.1 apresentou os melhores resultados dentre os estudados, entretanto,
nenhum município da RMR apresentou progresso satisfatório para os indicadores
relacionados à coleta e tratamento de esgotos (indicador 6.2.1 e 6.3.1). De acordo com o
indicador 6.3.2, foi observado o não atendimento frequente à Resolução CONAMA 357/2005
e na maioria dos reservatórios o stress hídrico representado pelo indicador 6.4.2 se apresentou
bastante elevado em todos os anos do estudo, confirmando o nível de insegurança hídrica da
região. Os três primeiros indicadores (6.1.1, 6.2.1 e 6.3.1), nos quais se utilizou como base
territorial os municípios da RMR, foram submetidos à Análise Hierárquica de Processo de
Saaty (1980), Combinação Linear Ponderada (CLP) e álgebra de mapas no software ArcGIS
Pro 2.6, resultando em um mapa síntese onde foi possível identificar 97% do território da
RMR com progresso insuficiente para o alcance das metas do ODS 6. Já para os dois últimos
indicadores (6.3.2 e 6.4.2), nos quais se utilizou como base territorial os reservatórios da
RMR, foi realizada apenas a Combinação Linear Ponderada (CLP) e obteve-se o reservatório
de Tapacurá como o que apresentou o pior desempenho para o alcance das metas do ODS 6.
Como produto da pesquisa, foram elaborados painéis interativos (Dashboards), que
ofereceram uma visualização efetiva do desempenho de cada um dos indicadores do ODS 6
estudados na RMR.
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