O lugar da afetividade no planejamento de aulas remotas de Química de professores do ensino médio
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Data
2022-03-31Autor
Silva, Leandro Otavio da
http://lattes.cnpq.br/6990886717239515
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Mostrar registro completoResumo
O estudo da afetividade no contexto escolar tem grande relevância em virtude de sua relação com o ensino e aprendizagem. Pesquisas mostram que as atividades desenvolvidas pelos professores devem ser permeadas de afetividade para que possam desenvolver um ambiente propício a interações positivas e à construção do conhecimento. Neste sentido, considerando o distanciamento físico entre professores e estudantes nas aulas (em função das medidas sanitárias na pandemia da COVID- 19), o objetivo do presente trabalho foi compreender como docentes de Química do Ensino Médio incluíram a afetividade no planejamento das aulas remotas. A escolha de docentes da área da química se justifica pelo fato de ser esta ciência considerada, por muitos estudantes, como difícil e desestimulante, que isso pode ter sido acentuado no modelo de ensino remoto. A presente pesquisa classifica-se como de natureza básica, com abordagem quanti-qualitativa e enfoque descritivo. Participaram da amostra 21 professores de Química do Ensino Médio que regeram aulas remotas em algum momento da pandemia. A coleta de dados foi realizada por meio de questionário on-line, contendo perguntas abertas e fechadas. As análises dos dados quantitativos e qualitativos ocorreram por meio da estatística básica descritiva e da análise de conteúdo, respectivamente. Os resultados indicaram que os docentes incluíram objetivos de domínio afetivo (sentimento, opinião e atitude) no planejamento das aulas remotas, pois se importavam em proporcionar um ambiente virtual de aprendizagem interessante e interativo. Mas encontraram dificuldades com relação à participação, pois alguns estudantes não ligavam câmera nem microfone ou apresentavam dificuldades com o acesso à tecnologia. Destaca- se também que preocupações com o estado físico e emocional dos estudantes foram pouco mencionadas. Conclui-se que os professores podem ter se preocupado mais com questões de dinamismo das aulas que sobre o bem-estar dos estudantes.