A inserção de mulheres no estágio curricular obrigatório do Curso Técnico Subsequente em Eletroeletrônica: um estudo com egressas de um Instituto Federal

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Data
2025-06-27Autor
Barros, Joyce Karoline Guerra de
http://lattes.cnpq.br/4052529058173982
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Na atualidade, os Institutos Federais (IFs) despontam como instituições de Educação Profissional e Tecnológica (EPT) que buscam a Formação Integral de todos/as os/as estudantes, combatendo, portanto, desigualdades de gênero. Nessa perspectiva, na presente pesquisa, tivemos como objetivo geral analisar a inserção de mulheres no estágio curricular obrigatório do curso técnico subsequente em Eletroeletrônica do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco (IFPE) - campus Garanhuns, na perspectiva das egressas. Constituíram-se referenciais teóricos autoras que estudam gênero associando-o às relações de poder estabelecidas socialmente e no âmbito da educação e do trabalho, como Scott (1989), Severo (2020), Schiebinger (2001), Louro (2002) e Kovaleski et al . (2013), e autores que discutem fundamentos e princípios da EPT e dos IFs, como Pacheco (2012, 2015, 2020), Ramos (2014) e Frigotto (2018). O estudo, de natureza qualitativa, foi desenvolvido em duas etapas. Na primeira, a técnica de coleta foi um questionário semiaberto e tivemos como participantes sete mulheres egressas do curso; na segunda, em que participaram três participantes da primeira etapa, fizemos uso de entrevista semiestruturada. Para a análise, utilizamos a Técnica de Análise de Conteúdo Categorial Temática. Os resultados da pesquisa mostraram que, para as participantes, o gênero é determinante na inserção das estudantes mulheres no estágio obrigatório, além de atuar como elemento limitador de sua entrada no mundo do trabalho na referida área. A partir dos resultados da pesquisa, desenvolvemos, como Produto Educacional (PE), a série de Podcasts “Isso lá é coisa de mulher?”. O Produto Educacional foi avaliado por participantes da pesquisa e por coordenadoras de três setores do IFPE - campus Garanhuns. As avaliações demonstraram que o Produto Educacional cumpre o objetivo delimitado, e também pode auxiliar as estudantes e estagiárias a identificar situações nas quais ocorram desigualdades de gênero. Este trabalho, além de contribuir para a produção do conhecimento sobre as desigualdades de gênero no contexto dos IFs e desenvolver um Produto Educacional que colabora para o enfrentamento dessas desigualdades, poderá fornecer subsídios para o desenvolvimento de políticas públicas educacionais e institucionais direcionadas à construção de uma sociedade mais justa e igualitária
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