Utilização de resídios de tijolos cerâmicos na fabricação de tijolos sustentáveis

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Data
2022-05-07Autor
Soares, Bárbara de Oliveira
http://lattes.cnpq.br/9426101010535388
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A indústria da construção civil faz parte de um contexto de extrema importância, pois é uma
das principais atividades para o desenvolvimento econômico e social, em contrapartida é uma
grande causadora de impactos ambientais, desde extração de matérias primas, incluindo o
esgotamento dos recursos naturais até a destinação final, nem sempre ambientalmente correta,
dos resíduos gerados pela atividade. O simples descarte dessas peças com defeito em aterros
gera custos de remoção e impactos ambientais, bem como o desperdício de um material que
contém suas propriedades físicas e mecânicas inerentes. Diante do exposto, o estudo em questão
teve o objetivo de avaliar a viabilidade do emprego de resíduos do bloco cerâmico (RBC),
oriundos do descarte de blocos/tijolos cerâmicos como substituição do agregado miúdo
convencional (areia) para produção de blocos maciços de vedação para alvenaria sem fins
estruturais, caracterizando-o como tijolo sustentável, bem como, blocos para pavimentação
interna em habitações populares, e a própria argamassa para utilização em contrapisos ou em
alvenaria. Para a fabricação desses blocos, foi estudada experimentalmente a viabilidade técnica
de se utilizarem os resíduos cerâmicos em substituição parcial ao agregado miúdo natural
(areia), com o intuito de apostar em uma solução alternativa para destinação e utilização desses
resíduos. Para o desenvolvimento da pesquisa foram moldados 30 corpos de prova,
desmembrados entre as Famílias F1, F2, F3, F4 e F5 com percentuais de 0%, 50% e 100% de
substituição do resíduo do bloco cerâmico pelo agregado miúdo (areia). A família F1 é a de
referência, portanto, sem substituição, já a F2 e F3 houve substituição da areia pelo RBC nas
proporções de 50% e 100%, respectivamente, com adição de metacaulim, e nas famílias F4 e
F5 utilizou-se as mesmas proporções (50% e 100%) sem adição de metacaulim. Para todos os
traços, foram realizados ensaios de resistência à compressão, absorção de água e módulo de
elasticidade. O estudo apontou que o teor de substituição de 50% na Família F2 demonstrou
melhores resultados, e notou-se que a utilização do resíduo cerâmico na fabricação dos blocos
maciços aumenta a resistência a compressão se comparado ao traço onde não houve a
substituição, considerando as hipóteses e condições trabalhadas neste estudo. Conclui-se que é
possível garantir um material resistente, sustentável ao reutilizar os resíduos do bloco cerâmico
como agregado miúdo, e com isso, minimiza-se a utilização do agregado convencional,
reduzindo, consequentemente, o custo do material final
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