Manejo de recursos naturais para o uso sustentável: caracterização fisiológica de duas espécies da caatinga com potencial econômico
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Data
2015-08-26Autor
Silva, Marcelo Alves Maurício da
http://lattes.cnpq.br/1923444163956108
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O desenvolvimento sustentável significa uma mudança de postura baseada na
utilização dos recursos naturais admitindo formas adequadas de manejo em
resposta as constantes alterações ambientais causadas pelo homem. Logo, o
manejo sustentável da Caatinga torna-se fator importante com o uso de técnicas de
produção e conservação especialmente em áreas que sofrem com secas frequentes.
Dessa forma, o objetivo do trabalho foi diagnosticar mecanismos fisiológicos
relacionados a duas espécies nativas da Caatinga, para promoção de melhorias
visando o manejo destes recursos naturais de forma sustentável. Para a realização
dessa pesquisa foi necessário o desenvolvimento de um ensaio que correspondeu
ao estudo abordando a influência da supressão hídrica do solo e posterior
reirrigação no comportamento fisiológico das mudas de Erythrina velutina Willd.
(mulungu) e Mimosa caesalpiniifolia Benth. (sabiá) cultivadas em casa de vegetação
pertencente ao Laboratório de Fisiologia Vegetal da Universidade Federal Rural de
Pernambuco. O trabalho foi realizado entre os meses de maio a setembro de 2014,
onde foram utilizadas sementes doadas pelo Centro de Referência para
Recuperação de Áreas Degradadas da Universidade Federal do Vale do São
Francisco. Após cento e doze dias em aclimatação, procedeu-se a diferenciação dos
tratamentos: controle, sem rega e reirrigado. Após a aplicação dos tratamentos
foram avaliadas as trocas gasosas diariamente, até a constatação do fechamento
estomático. Quando as plantas foram reirrigadas uma única vez, até verificação de
novo fechamento estomático para avaliação da fotossíntese (A), transpiração (E),
condutância estomática (gs), o potencial hídrico foliar (f) e o teor relativo de água
(TRA), além de determinadas às concentrações das clorofilas a, b e total. Ocorreu
redução das trocas gasosas com o prolongamento do estresse, nas plantas de sabiá
e de mulungu, entretanto, o mulungu apresentou melhor resistência, suportando as
condições de estresse hídrico em comparação ao sabiá. Os valores do potencial
foliar e do TRA para o tratamento reirrigado também foram reduzidos em relação às
plantas controle, sendo este comportamento observado nas duas coletas (4h).
Observou-se que o sabiá apresentou um padrão de resposta parecido para os
pigmentos fotossintéticos, sendo as menores médias encontradas nas plantas
reirrigadas. O mulungu apresentou aumento nos valores da clorofila a tanto no
tratamento sem rega como no reirrigado, mas diminuição nos valores da clorofila b e
total em comparação ao tratamento controle. Com relação ao grau de resiliência das
duas espécies, o mulungu se destaca em relação à tolerância a períodos de
escassez hídrica.