Avaliação da efetividade de gestão de áreas protegidas da Região Metropolitana do Recife
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Data
2018-10-19Autor
Silva, Waldênia Janine Ferreira
http://lattes.cnpq.br/1529780271782696
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Mostrar registro completoResumo
A Mata Atlântica brasileira apresenta um alto grau de desflorestamento, com redução de
91,5% de sua cobertura original nos últimos 500 anos. Pela sua riqueza biológica e seu grau
de devastação é considerada um dos 28 hotspots da biodiversidade do mundo. As suas
composições apresentam-se como um mosaico que inclui diferentes fitofisionomias, florestas
ombrófilas densa, abertas e mistas, florestas estacionais deciduais e semideciduais, brejos de
altitude, mangues e restingas. Esta diversidade ecológica torna o bioma mais rico e
consequentemente mais explorado. No Estado do Pernambuco, precisamente na Região
Metropolitana do Recife, os remanescentes florestais de mata atlântica têm sua integridade
garantida através da criação de áreas protegidas, em espaços urbanos e rurais. Essas áreas
protegidas estão organizadas em três grupos: áreas de preservação permanente, unidades de
conservação e o jardim botânico. As duas últimas são áreas que possuem delimitação física,
objetivos específicos, gestão e manejo definidos e assegurados no arcabouço jurídico de leis
federais e estaduais. As unidades de conservação e os jardins botânicos têm como objetivos a
conservação da biodiversidade, a pesquisa, a educação e, a depender da categoria da unidade
de conservação, o lazer. Para cumprir com esses objetivos as áreas precisam garantir
infraestrutura de apoio as atividades e um planejamento consistente e efetivo. O presente
trabalho teve como objetivo avaliar a estrutura e efetividades de três áreas protegidas da
região metropolitana do Recife utilizando a metodologia da Avaliação Rápida e Priorização
de Manejo – RAPPAM, método já consolidado para áreas protegidas e utilizado em vários
países. Nesta pesquisa o método foi readequado para a realidade das áreas protegidas objeto
do estudo, o Jardim Botânico do Recife, o Parque Estadual de Dois Irmãos e a Estação
Ecológica de Caetés. Os resultados demonstram que as três áreas possuem um grau de
efetividade intermediário, com percentuais médios entre 50 e 60% e com pontos fracos
coincidentes.