Viabilidade econômica da utilização de Bess em sistemas de minigeração distribuída fotovoltaica: uma análise na área de concessão da Neoenergia Pernambuco
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Data
2024-10-11Autor
Farias, Flávio Fernando França
https://lattes.cnpq.br/9465734047300552
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Neste trabalho, foi avaliada a viabilidade econômica de diferentes soluções de minigeração distribuída fotovoltaica aplicadas a uma unidade consumidora industrial,do subgrupo tarifário A4, na área de concessão da Neoenergia Pernambuco, na cidade de Jaboatão dos Guararapes. Foram comparados três cenários: o suprimento
de energia no Horário Fora de Ponta (HFP), utilizando Sistema Fotovoltaico (SFV), o suprimento integral do consumo utilizando apenas o SFV, e o suprimento integral com a integração do Battery Energy Storage System (BESS). O estudo utilizou indicadores financeiros como Valor Presente Líquido (VPL), Taxa Interna de Retorno (TIR), Taxa Interna de Retorno Modificada (MTIR) e Payback Descontado, com um horizonte de análise de 30 anos.
A metodologia envolveu a modelagem da unidade consumidora com base nos dados disponibilizados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e o dimensionamento das soluções SFV e BESS. A análise financeira considerou a aplicação de baterias para deslocamento de consumo (Energy Time-shift), reduzindo custos em Horários de Ponta (HP). Foram realizadas comparações entre os cenários com base nos custos de investimento (CAPEX) e a economia gerada nos faturamentos para as três soluções propostas. Os resultados mostraram que todas as soluções são financeiramente viáveis, quando comparada às Taxas Mínimas de Atratividade (TMAs), que se referem a rentabilidade de títulos de investimento no mercado financeiro nacional. O cenário de suprimento no HFP apresentou os melhores resultados nos indicadores de TIR, MTIR e Payback Descontado, destacando-se como a opção mais atrativa para retornos rápidos. O cenário de suprimento integral apresentou o maior VPL, sendo uma alternativa viável com os demais indicadores com valores semelhantes à solução de suprimento no HFP. O uso de BESS, faz com que os indicadores financeiros destoem das outras duas soluções propostas, pois, seu efeito em fatura, assemelha-se ao SFV para abater o consumo integral da geradora, todavia, com um custo mais elevado. A conclusão do estudo destaca a importância da escolha da estratégia de investimento, dependendo dos objetivos, perfil do consumidor e condições tarifárias da unidade consumidora, que variam de acordo com a distribuidora de energia elétrica. Nos cenários simulados, constatou-se que, embora o BESS apresente indicadores financeiros positivos, nenhum dos indicadores avaliados se mostrou superior às soluções que não consideraram a sua implantação. Por fim, entende-se que a solução proposta com o BESS deve apresentar maior viabilidade para unidades consumidoras situadas em distribuidoras que possuam os
custos da Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição (TUSD) no horário de ponta mais elevados, ou cujo a aplicação seja direcionada ao peak shaving e outras tecnologias de implementação.