Avaliação do monitoramento da infestação de aedes aegypti pelo método das ovitrampas na cidade de Toritama – Pernambuco frente à covid-19
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Data
2023-08-11Autor
Ferreira, Ana Cláudia da Silva
http://lattes.cnpq.br/7821861331813264
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A circulação de arbovírus e as consequentes infecções por DENV, ZIKV e CHIKV
ainda é uma realidade presente em nosso país. Com a pandemia da COVID-19 é necessário
enfatizar ainda mais a necessidade dos cuidados com as arboviroses. Desta forma, este
presente estudo teve o objetivo de reunir dados referentes ao monitoramento de Aedes aegypti
pelo método de armadilhas de oviposição, com o objetivo de comparar com o método LIRAa
e analisar os dois métodos frente às particularidades da pandemia da COVID-19 e o impacto
da pandemia no monitoramento do vetor. A metodologia consistiu na aplicação do método de
ovitrampas em um bairro na cidade de Toritama-PE e no comparativo com os dados pelo
LIRAa da cidade, analisando dados da infestação e climatológicos, como também as
especificidades geradas na pandemia da COVID-19. Foi realizada uma entrevista semi-
estruturada com o gestor do setor de vigilância epidemiológica e ambiental do município.
Para tanto, o projeto foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa, sendo aprovado com
parecer no 5.897.154. Para obter informações sobre as condições ambientais do local e as
ações dos agentes de endemias, foram realizadas observações estruturadas ou
semiestruturadas. Os dados meteorológicos foram colhidos no Instituto Nacional de
Meteorologia (INMET) e na Agência Pernambucana de Águas e Climas (APAC). Para o
monitoramento das ovitrampas, as palhetas foram recolhidas para contagem dos ovos, em um
microscópio estereoscópico. Após a quantificação dos ovos, foram calculados o Índice de
Positividade de Ovitrampa (IPO) e o Índice de Densidade de Ovo (IDO). Foi realizada a
análise de variância (ANOVA) para comparar o nível de infestação nos quarteirões do bairro
em que as ovitrampas foram instaladas. Já o IPO e o IDO foram testados através da correlação
de Pearson.. Como principais resultados obtidos na pesquisa, foram verificados o descarte
inadequado de lixo e as subnotificações de arboviroses. Em relação aos dados meteorológicos,
a região é considerada quente na maior parte do ano, com um clima propício para a
proliferação e sobrevivência do vetor Aedes, onde é possível verificar que nos meses de maior
pluviosidade, obteve-se o maior número de ovos, sendo este comportamento estatisticamente
comprovado pelo e teste de Mann-Whitney (u=33 e p= 0,014851). A partir dos resultados do
IPO e do IDO, foi possível verificar que o IPO se apresentou bastante elevado durante todo o
período de estudo, sendo o maior índice 100% e o menor 88,88%. Em relação ao IDO,
também foi possível verificar um número considerado alto, tendo em vista que o menor valor
observado foi de 129,09 e o maior de 519,18. Tendo em vista os resultados obtidos neste
estudo podemos destacar a sensibilidade trazida pelo método de ovitrampas e reforça a
importância da utilização dele, principalmente em situações de epidemias, pandemias, ou
qualquer situação de importância de saúde pública. Este estudo teve como resultado a
elaboração de um plano participativo de contingência para arboviroses, onde foi realizado um
levantamento de ações que visem o melhor monitoramento do vetor e estratégias que possam
ser adotadas no enfrentamento das arboviroses durante o período pandêmico da COVID-19,
assim como em outras situações peculiares e semelhantes a da pandemia da COVID-19.
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