Terreiro Palácio de Yemanjá : um espaço de Educação ambiental e cultural de colonial Olindense.
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Date
2023-01-18Author
Guerra Júnior, Alessandro Augusto
http://lattes.cnpq.br/6869287660592947
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Este artigo visa fazer uma discussão na perspectiva decolonial da importância do
terreiro de candomblé Palácio de Yemanjá, em Olinda-PE, como espaço de
educação não formal na promoção da educação ambiental e cultural. A pergunta
que guia a pesquisa, partindo da perspectiva decolonial é: como o terreiro Palácio de
Yemanjá, em Olinda, promove educação ambiental e cultural como espaço de
educação não formal? Durante a história do Brasil, fruto do colonialismo, o povo
negro escravizado e suas religiões afrobrasileiras, em especial o candomblé, foram
silenciadas e suas práticas demonizadas. Através da revisão bibliográfica, alguns
aspectos do candomblé vão ser destacados, como a relação de preservação da
Natureza, os Orixás, os sincretismos, a ancestralidade, a ética, a hierarquia, as
simbologias e outros pontos de vista políticos, sociais, ecológico, ambientais e
culturais que são somados ao campo educativo, como espaços de educação não
formal. O estudo classifica-se como qualitativo exploratório e descritivo,
caracterizando como estudo de caso, partindo de uma perspectiva decolonial, que
se configura como uma das estratégias de estabelecer conhecimento vindo dos
subalternos, como o povo de terreiro, estabelecendo um contraponto político por um
marco imposto pelo colonialismo. Não obstante as práticas e os saberes serem
formas de resistência e apontarem a outras possibilidades de vida que se
aproximam da ecologia de saberes e do Bem Viver, o popularmente chamado
Terreiro de Pai Edu assume relevância de educação ambiental e cultural. Como
espaço de educação não formal busca romper o processo de invisibilização dos
povos de terreiros, da cultura afrodescendente no nosso país, e reforça o processo
descolonizar o conhecimento, como outras formas de discriminações.