Percepção dos gestores municipais e órgãos ambientais sobre o impacto das construções e da especulação imobiliária turística no litoral do município de Tamandaré, PE

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Data
2025-06-30Autor
Silva, Yara Tamires do Nascimento
http://lattes.cnpq.br/3585905933342838
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Nas zonas litorâneas predominam uma vasta biodiversidade que sofre ações
antrópicas provenientes das atividades turísticas, afetando os manguezais, recifes de
coral, áreas de restingas, a vida marinha, estuários, e as comunidades locais que
residem no entorno dessas áreas. A agroecologia surge nesse contexto contribuindo
com a ressignificação entre o ambiente, a sociedade e o turismo. O objetivo deste
estudo foi compreender a percepção dos gestores municipais e órgãos ambientais
sobre os impactos da especulação imobiliária turística no litoral do município de
Tamandaré-PE. Para a realização utilizou-se técnicas qualitativas e quantitativas
através de entrevistas com o Secretário de Turismo, Secretário de Meio Ambiente,
representante do poder legislativo, representante do Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e representante do Centro
de Pesquisa e Extensão Pesqueira do Nordeste/Instituto Chico Mendes
(CEPENE/ICMBio), envolvidos na regulação e fiscalização das atividades turísticas no
município de Tamandaré, PE. O secretario do Meio Ambiente afirmou que a ocupação
turística na última década vem impactando os recursos naturais de forma
desordenada. O representante da Câmara de Vereadores destacou que o município
possui uma Lei de uso e ocupação do solo, embora esteja obsoleta e não é cumprida
como deveria. Ainda destacou que alguns dos problemas no município são o
saneamento e o despejo de esgoto dos empreendimentos nos manguezais, e no mar,
enfatizando que mesmo existindo um conselho ambiental no município, ele possui
apenas ações deliberativas. O coordenador do CEPENE/ICMBio destacou as ações antrópicas que impactam os diferentes ecossistemas provenientes do turismo,
revelando que os empreendimentos uma vez licenciados devem atender ao plano
diretor municipal, mas isso nem sempre ocorre. O representante do IBAMA destacou
o desafio e a falta de fiscalização por parte da prefeitura no tocante ao saneamento,
lixo nas praias e ecossistemas naturais. A Secretaria de Turismo revelou com
preocupação a instalação de uma nova onda de empreendimentos construídos de
forma desordenada. A agroecologia surge nesse contexto como uma possiblidade de
contribuir com a ressignificação das atividades turísticas minimizando os seus efeitos,
entretanto, isso não correrá sem a articulação e coordenação de todos os gestores
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