Hesitação vacinal e adesão no Programa Nacional de Imunização: fatores que influenciam a decisão dos pais e responsáveis

Visualizar/ Abrir
Data
2025-06-16Autor
David, Mayrlla Kathyuska Santos
http://lattes.cnpq.br/1170301202412161
Metadata
Mostrar registro completoResumo
O presente estudo examina os fatores que persuadem a hesitação vacinal das crianças por seus pais e responsáveis no quadro do Programa Nacional de Imunização (PNI). O PNI foi criado no ano de 1973 e oficializado apenas após dois anos, em 1975, é uma fundamental estratégia de saúde pública no Brasil, responsável pela distribuição e administração de forma gratuita. Porém, nos últimos anos, principalmente durante o período pandêmico da COVID-19 foi notória a queda da cobertura vacinal infantil, decorrente de vários fatores, como desinformação, dificuldade de acesso aos serviços, mudança de horário no funcionamento das
unidades de saúde, distanciamento social e até aspectos socioculturais. A metodologia adotou o método de revisão integrativa, utilizando bases de dados como PubMed, SciELO, Google Scholar e documentos oficiais do Ministério da Saúde e da OMS. Foram analisas publicações dos últimos 10 anos que abordam a hesitação
vacinal, os impactos da pandemia e estratégias de enfrentamento. Os resultados mostram que a hesitação vacinal não é apenas a recusa, mas existem outras barreiras como medo de efeitos colaterais, influência de fake news, discursos com duplos sentidos de políticos, além de englobar fatores religiosos e culturais. Durante o
período pandêmico, o medo da exposição ao vírus, a suspensão temporária dos serviços e a disseminação de falsas informações intensificaram a situação, fazendo com que várias crianças não tenham imunização correta. As estratégias como vacinação extramuros, vacinação escolar, horários estendidos das salas de vacina e a atuação do Agentes Comunitários de Saúde (ACS) mostrou ser essencial na eficácia da recuperação da cobertura vacinal. O estudo também evidencia a importância nas normativas legais – como a Lei nº 6.259/1975 e o Decreto nº 78.231-1976 – com regulamentação da obrigatoriedade da vacinação, gratuita, no Brasil. Conclui-se que o enfrentamento à hesitação vacinal necessita das ações intersetoriais e contínuas, como educação permanente, combate as fakes news, fortalecimento da atenção primária, uso de tecnologias e diálogo aberto com a população. A superação desse desafio é fundamental para manter as conquistas do PNI e proteger a saúde coletiva, especialmente das crianças.
Collections
Os arquivos de licença a seguir estão associados a este item: