O “lugar” no sistema socioeducativo: prismas para jovens de uma unidade de semiliberdade da Cidade de Recife-PE

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Data
2025-04-10Autor
Lima, Andréa da Silva
https://lattes.cnpq.br/8130034994168336
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Esta pesquisa tem o objetivo de investigar como jovens em cumprimento de medidas
socioeducativas vivenciam e atribuem significados ao lugar, e como as experiências
influenciam sua reconstrução identitária e seus projetos de vida. Assim, trata-se de
um estudo de caso que buscou compreender como os jovens, de uma unidade de
semiliberdade em Recife-PE, percebem, sentem e significam os lugares de
cumprimento das medidas socioeducativas. A escolha do tema emerge das
observações da pesquisadora no período em que trabalhou como agente
socioeducativo na unidade de semiliberdade Casem Harmonia. Para tanto, utilizou-se
uma abordagem de pesquisa qualitativa devido à complexidade do tema. Os
procedimentos metodológicos foram: análise documental, baseando-se
principalmente em instrumentos normativos e institucionais como ECA, SINASE, e da
própria instituição, destacando-se regimentos internos, relatórios e histórico da
unidade; realizou-se também buscas e análises de produções acadêmicas que foi
indispensável, pois com ela é possível uma aproximação do universo do objeto
investigado, realizada em artigos e teses de dissertações através do banco de dados
da SCIELO, no Site Google Acadêmico, do banco de dados do Catálogo de Teses e
Dissertações da Capes e da Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações
BDTD; aplicação de questionário semiestruturado feito no Google Formes contendo
21 questões que foi aplicado em um grupo de 17 adolescentes institucionalizados,
abordando perguntas sobre suas percepções, memórias e sentimentos, em relação a
unidade socioeducativa; e realização de atividade para produção de mapas mentais,
nos quais os participantes representaram graficamente suas relações com o espaço.
Constatou-se nesta pesquisa que os socioeducandos percebem a unidade
socioeducativa como acolhedora, um lugar de aprendizagem, e acreditam que as
atividades diárias realizadas nesse espaço trazem benefícios para sua vida fora dali.
Mas a raiva é um sentimento predominante quando estão institucionalizados. Sentem
felicidade e alívio quando estão fora da unidade socioeducativa, demonstrando forte
intenção de se afastar desse lugar, mas as relações estabelecidas por esses sujeitos
com seu contexto social ainda são fortes e convidativas, tornando-os susceptíveis a
reincidirem para novas infrações.
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