O uso de cigarros eletrônicos têm gerado muitas controvérsias nos últimos anos, provocando discussões sobre sua utilização, especialmente devido às preocupações com seus efeitos na saúde. Este estudo teve como objetivo entender o comportamento relacionado ao consumo de e-cigarros, identificando os fatores que influenciam a adoção desse hábito e fornecendo insights para estratégias de marketing social que possam abordar e mitigar o uso prejudicial desses dispositivos. Para tanto, foi adotada uma abordagem qualitativa de caráter exploratório, com coleta de informações por meio de um roteiro semi-estruturado. Nove consumidores de e-cigarros foram entrevistados e responderam perguntas sobre o consumo de cigarros eletrônicos, além de questões relacionadas a frequência de uso, preocupações com a saúde, conscientização e proibição deste produto. A pesquisa foi fundamentada em autores que corroboram as premissas sobre os efeitos prejudiciais dos e-cigarros e as motivações por trás do comportamento do consumidor, fornecendo uma base teórica sólida para os conceitos explorados. Durante a análise dos resultados, observou-se que a socialização é um dos principais fatores que impulsionam o consumo. Ambientes que fortalecem os laços sociais, como encontros entre amigos, baladas e festas, frequentemente incentivam o uso desses dispositivos, pois o consumo pode proporcionar uma sensação de pertencimento e representatividade. Outros fatores citados incluem a ansiedade e o estresse do cotidiano, que aumentam a frequência do uso, além da falta de informação sobre os efeitos desses dispositivos. Para reduzir o consumo de e-cigarros, é essencial investigar os motivadores desse hábito, com foco em atividades de conscientização sobre seus riscos. Nesse contexto, as estratégias de marketing social são fundamentais para criar espaços de conhecimento sobre os impactos do uso de e-cigarros. Assim, as perspectivas adotadas neste estudo buscam contribuir para o aprofundamento das concepções sobre o consumo dos cigarros eletrônicos.