Análise pós-colonial da agricultura e da pesca na comunidade quilombola do Engenho Siqueira/ Rio Formoso/ PE
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Data
2019-10-10Autor
Lopes, Thiago Francisco Ferreira
http://lattes.cnpq.br/9071106176202482
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Mostrar registro completoResumo
Tivemos como o objetivo geral, analisar a importância dos saberes tradicionais para
a segurança alimentar da comunidade quilombola do Engenho Siqueira no município
de Rio Formoso-PE, sob uma perspectiva pós-colonial, através de um diálogo
intercultural entre os saberes científicos e não-científicos, e que possibilitaram a
ecologia de saberes e a troca de experiências sociais. Nossos objetivos específicos
foram analisar as práticas socioecológicas, a agricultura e a relação da comunidade
com o manguezal do estuário do Rio Formoso. Como metodologia desenvolvemos
inicialmente um levantamento bibliográfico pós-colonial, baseado nas experiências
obtidas e esplanadas pelos autores estudados, e utilizamos a pesquisa de
observação participante, o que a caracterizou como uma pesquisa-social. Nossas
visitas à comunidade eram realizadas na sede da Associação Quilombola do
Engenho Siqueira, estabelecendo um diálogo intercultural junto aos quilombolas, a
fim de constar e atualizar todas as informações obtidas no levantamento
bibliográfico. Para os esclarecimentos sobre os modos de produção de alimentos na
comunidade, destacamos três vozes quilombolas, que são antigos moradores
quilombolas da comunidade: Cristina Correia da Silva1, 48 anos, pescadora e
agricultora; Moacir Correia de Santana, 48 anos, pescador, agricultor, e fundador do
museu quilombola da comunidade; Cláudio de Freitas Pajeú, 36 anos, professor de
Geografia, que já ensinou na escola da comunidade e foi presidente da Associação
Quilombola. Considerando por fim, através de uma análise pós-colonial a
importância da manutenção da identidade quilombola fonte local de saberes
tradicionais e conhecimento em agricultura e pesca ancestrais e que foram os
principais responsáveis por tornar esta comunidade um patrimônio quilombola.