dc.description.abstract | The general objective was to analyze the importance of traditional knowledge for the
food security of the Engenho Siqueira quilombola community in Rio Formoso-PE,
from a postcolonial perspective, through an intercultural dialogue between scientific
and non-scientific knowledge, which made possible the ecology of knowledge and
the exchange of social experiences. Our specific objectives were to analyze the
socioecological practices, agriculture and the relationship of the community with the
mangrove of the Rio Formoso estuary. As a methodology we initially developed a
postcolonial bibliographic survey, based on the experiences obtained and explored
by the authors studied, and we used the participant observation research, which
characterized it as a social research. Our community visits were made at the
headquarters of the Quilombola Association of Engenho Siqueira, establishing an
intercultural dialogue with the quilombolas, in order to include and update all
information obtained from the bibliographic survey. To clarify the ways of food
production in the community, we highlight three quilombola voices, who are former
quilombola residents of the community: Cristina Correia da Silva, 48, fisherwoman
and farmer; Moacir Correia de Santana, 48, fisherman, farmer, and founder of the
community's quilombola museum; Cláudio de Freitas Pajeú, 36, a geography teacher
who has taught at the community school and was president of the Quilombola
Association. Finally, through postcolonial analysis, the importance of maintaining
quilombola identity as a local source of traditional knowledge and knowledge in
ancestral agriculture and fisheries, and which were primarily responsible for making
this community a quilombola heritage. | pt_BR |
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dc.description.resumo | Tivemos como o objetivo geral, analisar a importância dos saberes tradicionais para
a segurança alimentar da comunidade quilombola do Engenho Siqueira no município
de Rio Formoso-PE, sob uma perspectiva pós-colonial, através de um diálogo
intercultural entre os saberes científicos e não-científicos, e que possibilitaram a
ecologia de saberes e a troca de experiências sociais. Nossos objetivos específicos
foram analisar as práticas socioecológicas, a agricultura e a relação da comunidade
com o manguezal do estuário do Rio Formoso. Como metodologia desenvolvemos
inicialmente um levantamento bibliográfico pós-colonial, baseado nas experiências
obtidas e esplanadas pelos autores estudados, e utilizamos a pesquisa de
observação participante, o que a caracterizou como uma pesquisa-social. Nossas
visitas à comunidade eram realizadas na sede da Associação Quilombola do
Engenho Siqueira, estabelecendo um diálogo intercultural junto aos quilombolas, a
fim de constar e atualizar todas as informações obtidas no levantamento
bibliográfico. Para os esclarecimentos sobre os modos de produção de alimentos na
comunidade, destacamos três vozes quilombolas, que são antigos moradores
quilombolas da comunidade: Cristina Correia da Silva1, 48 anos, pescadora e
agricultora; Moacir Correia de Santana, 48 anos, pescador, agricultor, e fundador do
museu quilombola da comunidade; Cláudio de Freitas Pajeú, 36 anos, professor de
Geografia, que já ensinou na escola da comunidade e foi presidente da Associação
Quilombola. Considerando por fim, através de uma análise pós-colonial a
importância da manutenção da identidade quilombola fonte local de saberes
tradicionais e conhecimento em agricultura e pesca ancestrais e que foram os
principais responsáveis por tornar esta comunidade um patrimônio quilombola. | pt_BR |