Ferramenta de Avaliação de Curso: como instrumento de gestão curricular no contexto do processo de verticalização do ensino

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Data
2024-10-30Autor
Luiz Henrique Monteiro Barreto da Costa
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De acordo com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), o Produto Educacional (PE), na área de Ensino, é o resultado de um processo criativo originado por meio
da atividade pesquisa, tencionando “responder a uma pergunta ou a um problema ou, ainda, a uma necessidade concreta associados ao campo de prática profissional, podendo ser um artefato real
ou virtual, ou ainda, um processo” (BRASIL, 2019, p16).
Quais os diferenciais de um PE do ProfEpt?
Para a CAPES, os cursos de Mestrado e Doutorado
Profissional têm como requisito a produção técnica/tecnológica
na área de ensino. Neste contexto, o mestrado
profissional deve produzir uma dissertação que permita
uma “reflexão sobre a elaboração e aplicação do produto
educacional respaldado no referencial teórico metodológico
escolhido” (BRASIL, 2019, p. 15).
O Produto Educacional (PE) ou Produção Técnica-Tecnológica
(PTT) pode ser utilizados por docentes e outros
profissionais de ensino em espaços formais e não formais
(BRASIL, 2018). Neste sentido, a “apresentação de descrição
e de especificações técnicas contribui para que o
produto ou processo possa ser compartilhável ou registrado”
(BRASIL, 2019).
Para tanto, os produtos educacionais são categorizados
em 21 tipos, relacionados a um ou mais subtipos, conectando-
se às 49 áreas de Conhecimento. Para área do
ensino, foram selecionados 10 produtos educacionais: (i)
Material didático/instrucional; (ii) Curso de Formação Profissional;
(iii) Tecnologia social; (iv) Software/Aplicativo;
(v) Evento Organizados; (vi) Relatório Técnico; (vii) Acervo;
(viii) Produto de comunicação; (ix) Manual/Protocolo e (x)
Carta, mapa ou similar (BRASIL, 2016).
De acordo com Colombo e Dourado (2023) o produto
educacional produzido no ProfEPT diferencia-se de outros
produtos por
O produto educacional (PE) desenvolvido no ProfEPT
é resultado de pesquisa acadêmica que busca contribuir
para o conhecimento na área de Educação Profissional
e Tecnológica (EPT). Esse PE não é apenas um
recurso didático ou uma ferramenta pedagógica, mas
uma proposta de intervenção que busca solucionar
um problema ou atender a uma demanda do público-
-alvo (COLOMBO e DOURADO, 2023, p.19).
Para as autoras, a elaboração adequada de um produto
educacional depende da observação de critérios objetivos,
apresentados no quadro ao lado. Tais indicadores são sugeridos para composição de critérios de uma ficha
avaliativa que visa atende aos requisitos exigidos à aprovação, desenvolvendo
uma avaliação formativa do PE.
Ribeiro (2005) observa que um produto educacional é um recurso pedagógico
que visa aperfeiçoar o processo acadêmico. Neste contexto, os produtos podem
se apresentar em diversos formatos, como materiais impressos, audiovisuais,
softwares educacionais, jogos educativos e outros.
Deste modo, o produto educacional apresentado é uma proposta de
instrumento de avaliação de curso a modalidade de Manual/Guia/Texto de apoio,
conforme indexação do Observatório ProfEPT, utilizado para avaliar cursos,
desempenhando o papel de instrumento para gestão curricular no contexto do
processo de verticalização do ensino. É importante destacar que o PE, enquanto
ferramenta de avaliação, foca-se em um caminho avaliativo participativo com
exemplos de atuação e questionário que podem ser aplicados em diferentes
contextos e cursos.
Para elaborar este produto educacional, foi necessário seguir orientações
que envolveram a identificação e necessidades dos usuários, as demandas do
contexto educacional, bases teóricas e tendências pedagógicas (Gatti, 2000).
Sendo assim, foram definidos os objetivos e os conteúdos a serem trabalhados,
além da seleção e organização dos recursos pedagógicos e ferramentas que
permitissem a avaliação contínua do produto (Minayo, 1994).
Deste modo, o primeiro passo foi a definição do conceito de avaliação tratado
no estudo. Para Saul (2006), a avaliação, em seu sentido mais amplo, remete
a atividades associadas à experiência humana. Esta avaliação não sistemática
inclui um reconhecimento da adequação, eficiência e eficácia de ações e
experiências, considerando aspectos afetivos e podendo ou não ser expressa
verbalmente. Com esta compreensão, ao formalizar um conceito, este diverge
na percepção do participe em diversas maneiras.
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