Avaliação da aprendizagem em Química: uma análise da experiência vivida por professor e estudantes durante o ensino remoto
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Data
2022-08-01Autor
Nascimento, Tisianie Patrícia Palmeira do
http://lattes.cnpq.br/4498256396068752
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Em meio a um contexto de pandemia causado pela Covid-19, o mundo teve que adaptar sua rotina ao distanciamento social. Nesse período, as Tecnologias da Informação e Comunicação foram fundamentais para manter a dinâmica social em todos os setores da sociedade. O uso de ferramentas tecnológicas foi considerado, pelas organizações educacionais, como alternativa para assegurar continuidade das aulas, durante a pandemia. No Brasil, a educação teve que se adaptar para dar continuidade as suas atividades utilizando as ferramentas digitais, mediante adesão ao Ensino Remoto Emergencial. Esse contexto repercutiu nos processos educativos, inclusive no ensino de Química e na avaliação, tarefa didático-pedagógica essencial no trabalho pedagógico. Sendo assim, importa entender como as atividades avaliativas foram realizadas nesse formato de ensino inédito. Nessa direção, o presente trabalho investigou a efetividade do processo de avaliação em Química durante o período, buscando identificar, a partir da percepção docente e de estudantes, as principais práticas avaliativas e as dificuldades enfrentadas por esses atores. Para tanto, adotamos, como campo de investigação, uma escola da rede estadual do município de Sirinhaém/PE, tendo como sujeitos estudantes e docente de Química no Ensino Médio que viveram a experiência do ensino remoto. Tomamos como categorias centrais, o ensino de Química, a avaliação da aprendizagem, o ensino remoto e as TICs. Do ponto de vista metodológico, privilegiamos a abordagem qualitativa, utilizando, como instrumentos de coleta de dados, a entrevista semiestruturada com a docente e a aplicação de questionário online aos estudantes. Os resultados obtidos apontaram para uma defasagem da aprendizagem de conteúdos químicos,evidenciando o despreparo dos professores para a utilização das TICs, a precária infraestrutura das escolas e as condições sociais de acesso dos estudantes. No entanto, mesmo com a prevalência de práticas avaliativas típicas de uma pedagogia tradicional excludente, foi possível identificar posturas pertinentes à uma avaliação mediadora e metodologias ativas. Depreende-se, desses resultados, ser urgente o investimento na formação docente sobre avaliação e uso de ferramentas digitais para ensinar Química, sem que isso signifique transformá-lo em um ingênuo apreciador da tecnologia, mas profissional capaz de reconhecer seus limites e possibilidades, tendo em vista uma perspectiva avaliativa mais humanizada
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