O museu como estratégia de educação ambiental: um estudo do Instituto Ricardo Brennand
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Data
2022-01-26Autor
Marinho, Pedro Henrique Monteiro
http://lattes.cnpq.br/7592636510137476
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A educação ambiental se apoia em uma complexa rede de fatores políticos,
econômicos, culturais e científicos para a tomada de consciência. A Educação
Ambiental como disciplina que se transmite tanto pela educação formal e não formal
e alicerçada em processos contínuo e permanente de ação no meio ambiente, não
sendo concebida apenas como um conteúdo escolar. Assim, os museus são espaços
possíveis para experiências de ensino e aprendizado de educação ambiental indo
além da mera complementaridade do ensino escolar. É fato que ambos os espaços
possuem especificidades muitas vezes não alinhadas na perspectiva pedagógica,
mas possibilita a realização de experiências concretas de educação ambiental de
forma criativa e inovadora por diversos segmentos da população e níveis de formação.
O objetivo do trabalho foi analisar o potencial do Instituto Ricardo Brennand, referência
no estado de Pernambuco como Museu de Artes, como lugar não formal de educação
próprio para o debate ambiental, capaz de promover um local de lazer e cultura
focalizando práticas relacionadas à Educação Ambiental e visando investigar os
saberes relativo a Educação Ambiental que podem se fazer presentes a partir do
acervo disponível, da didática docente e das estratégias do Instituto RB nesta
perspectiva. A metodologia para a realização dos objetivos definidos inclui uma breve
revisão de literatura sobre a educação ambiental nos museus, visita técnica para
pesquisa qualitativa das obras de Frans Post do acervo como elemento para evocar
o debate ambiental e sobre a atuação do museu nessa perspectiva. Esse destrinchar
de temas, no entanto exigirá do docente mais sagacidade para manter o foco em torno
da questão ambiental, visto que é muito raro que a observação de objeto próprios da
arte e cultura enveredar por temas transversais aos resplandecentes, como história,
antropologia e sociologia. Percebe-se, então que com um olhar mais aguçado, podese
debater, vegetação, fauna, uso da água, do solo, modelos agrícolas, de diferentes
modos e detalhes próprios para cada público ou série de alunos. É importante que a
dimensão pedagógica para com o meio ambiente seja incorporada aos projetos desde
o planejamento das atividades, para que este interesse institucional estimule os
discentes a tratar tal questão no espaço museus. É para além do conteúdo
programático, como cita a lei de Educação Ambiental, cumpre a função social de
discutir sobre meio ambiente nos mais diversos espaços. Assim, as parcerias entre os
museus e as escolas, por exemplo, devem ser pautadas na perspectiva de conhecer
essas especificidades pedagógicas, além de reconhecer a importância do acervo que
possuem, pois é especialmente na perspectiva da ampliação da cultura que os
museus podem auxiliar na alfabetização ambiental dos cidadãos. Conforme a tabela
2 dos dados das visitas ao Museu, podemos observar a quantidade de 160.442 visitas
ao Museu nos meses de janeiro até dezembro no ano de 2019.Nesse sentido, é nítido
o interesse do público acadêmico para tomada de conhecimento e de liberdade de
expressão.