Análise do funcionamento da estação de tratamento de efluentes de uma indústria alimentícia em Vitória de Santo Antão-PE
Resumo
Nos últimos anos as preocupações relacionadas ao meio ambiente têm ganhado força
e a água vem se destacando cada vez mais, principalmente no que concerne aos
aspectos de preservação, contaminação e desperdícios do recurso. Diante da
crescente escassez do recurso, faz-se necessária a adoção de estratégias que
garantam um consumo mais controlado, eficiente e sustentável desse recurso tão
essencial para as diversas formas de vida existentes no planeta. Diante deste cenário,
o presente trabalho tem o objetivo de avaliar o funcionamento da estação de
tratamento de efluentes de uma indústria alimentícia produtora de biscoitos e
chocolates em Pernambuco. Para tanto, foi realizada a avaliação da demanda hídrica
e da geração de efluentes na ETE da indústria, avaliando aspectos quantitativos e
qualitativos. Além disso, estudou-se as etapas envolvidas no tratamento, a eficiência
do processo de tratamento adotado, os problemas que poderiam existir e avaliar a
eficiência da ETE a partir da análise de temperatura, pH, DQO, DBO, OG, fosforo e
nitrogênio. Os resultados obtidos indicam que 53,84% da água consumida é
totalmente integrada no processo produtivo e que 46,16% é direcionado para a ETE,
com composição dos efluentes que necessitam de tratamento prévio para atingir os
padrões de lançamento conforme preconiza a legislação ambiental vigente. Após a
realização das etapas de tratamento, de acordo com as variáveis analisadas todos os
parâmetros se encontram em conformidade com a legislação ambiental. Em termos
operacionais observou-se a necessidade de melhorias estruturais que poderia contar
com equipamentos modernos, e adoção de um sistema integrado de processo
produtivo para garantir desenvolvimento de melhores técnicas de gestão ambiental no
que diz respeito a utilização do logo gerado na ETE. Desta forma, a indústria de
biscoitos e chocolates estudada se apresenta de forma adequada diante das
demandas ambientais vigentes, mas os processos podem ser otimizados com
políticas de gestão ambiental que promovam a minimização da geração de efluentes
e otimizem o processo produtivo industrial, bem como estratégias e parcerias com
instituições para o uso dos resíduos gerados após o tratamento, como em hortas.