Análise da sustentabilidade de atividades agropecuárias na região metropolitana do Recife – Pernambuco
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Data
2022-02-01Autor
Santos, Érica Cristina Nascimento dos
http://lattes.cnpq.br/3949412714820446
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Desde a década de 90, houve a necessidade do setor agropecuário se expandir para
acompanhar o crescimento populacional, que no Brasil foi maior do que 44%,
conforme o IBGE (1991 e 2020). Porém, o aumento na produção gera uma série de
impactos ambientais, como o desmatamento, a poluição atmosférica, a contaminação
hídrica e degradação do solo, sendo essencial a utilização de práticas mais
sustentáveis. Neste cenário, a atual pesquisa tem como objetivo analisar a
sustentabilidade ambiental das atividades agropecuárias dos 14 municípios da Região
Metropolitana do Recife (RMR), localizada no estado de Pernambuco. Neste sentido,
foi realizado o acompanhamento de 4 Indicadores de Desenvolvimento Sustentável
(IDS), de acordo com o sistema do IBGE (2015): emissões de origem antrópica dos
gases associados ao efeito estufa; uso de fertilizante; uso de agrotóxico; e terras em
uso agrossilvipastoril. Os procedimentos metodológicos utilizados neste estudo foram
baseados na pesquisa documental, levantamento bibliográfico e consulta de dados de
fontes secundárias oficiais em bancos de dados censitários. Em relação a avaliação
do desempenho dos indicadores estudados para a RMR no período indicado, tem-se
que as emissões de CO2 diminuíram cerca de 40% de toneladas emitidas. Acerca do
uso de fertilizantes, os estabelecimentos rurais diminuíram cerca 37% a adubação
química e aumentaram 33,59% a adubação orgânica. Já o uso de agrotóxicos, teve
um aumento de 10% nos estabelecimentos rurais que fazem essa prática. Sobre o
uso da terra, as lavouras permanentes/temporárias aumentaram 6 mil hectares, e as
matas/florestas naturais diminuíram 5.358 hectares. Considerando a análise dos
resultados obtidos, tem-se que para os indicadores de emissão de gases do efeito
estufa e uso de fertilizante, foram observadas melhorias nos seus desempenhos,
contribuindo para a sustentabilidade ambiental local. Já os indicadores de uso de
agrotóxico e uso da terra agrossilvipastoril, não apresentaram melhoria de
desempenho para a área em estudo. Portanto, se faz urgente que tanto o governo,
como os produtores rurais invistam em alternativas mais sustentáveis na produção
agrícola, como por exemplo o uso de biotecnologias e agroecologia, entre outras.