Análise espectral da mata atlântica por meio de estudo fitogeográfico dos ecossistemas de floresta ombrófila densa, mangue e restinga na área de proteção ambiental de Guadalupe, Pernambuco -BR
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Data
2020-12-29Autor
Santos, Eric Bem dos
http://lattes.cnpq.br/4573159345311841
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A criação da APA de Guadalupe teve o objetivo proteger os ecossistemas naturais e
promover o desenvolvimento sustentável. Todavia, mesmo com a Decreto Estadual
formalizando esses objetivos os ecossistemas do Bioma Mata Atlântica presentes no
local sofreram sérios dados pelas ações antrópicas. Para estudo desses
ecossistemas a fitogeografia foi um excelente canal de conexão entre as
geotecnologias e em especial à análise espectral, possibilitando estudar a
localização e o tipo de vegetação na extensão da Unidade de Conservação. Nessa
perspectiva, o trabalho utilizou o Estudo Fitogeográfico e a Leitura de Pixel para
construir mapas, gráficos e tabelas que poderão ser ferramentas para manejo e
conservação da APA de Guadalupe e de outras unidades de conservação, no
presente e futuro. Os resultados do Estudo Fitogeográfico mostraram que a Floresta
Ombrófila Densa de Terras Baixas possui 2.927ha de área, o Mangue 2.134ha e a
Restinga 1.259ha, que corresponde na área total preservada, em termos percentuais
a 46%, 34% e 20% - respectivamente. No entanto essa área preservada
corresponde apenas a aproximadamente 14% da extensão da APA e a área
antropizada infelizmente já representa 86%, ocupando 38.399ha. Os resultados da
Análise Espectral permitiram indicar que na identificação da Floresta Ombrófila
Densa a melhor combinação específica é a Penetração Atmosférica (PA) em seu
Pixel (PI) α. O Mangue por sua vez pode ser melhor identificado no Infravermelho de
Vegetação (IVV) - Variando de 150 a 220 Níveis de Cinza (NC) - no PI α e também
nos PI β e PI γ variando em valores muito próximos aos 50NC. No que se refere a
restinga estima-se que a mesma possa ser identificada de forma precisa em
Agriculture (AG), sobretudo no PI γ, e também em Enhanced Vegetation Index (EVI)
e Normalized Difference Water Index (NDWI), em todos seus Pixels. Os principais
agentes degradativos dos ecossistemas naturais são o avanço da cultura canavieira
e a expansão imobiliária mostrando-se de extrema necessidade políticas públicas
que estudem e monitorem as áreas ainda preservadas.