Composição e atributos funcionais das espécies cultivadas nos viveiros da região metropolitana do Recife e presentes na regeneração natural de áreas de floresta atlântica de Pernambuco
Visualizar/ Abrir
Data
2019-05-22Autor
Mota, Larissa da Rocha
http://lattes.cnpq.br/0237162366970013
Metadata
Mostrar registro completoResumo
O cenário de degradação no qual se encontram as formações vegetais do Bioma Floresta Atlântica torna urgente a restauração florestal, como uma proposta capaz de aumentar as chances de persistência das espécies nativas. Desta forma, objetivou-se identificar os viveiros florestais da Região Metropolitana do Recife, que cultivam espécies nativas da Floresta Atlântica, identificando e caracterizando as espécies cultivadas, bem como para as espécies registradas na regeneração natural de fragmentos florestais de Pernambuco. Para tanto, foi realizado o levantamento nos viveiros, aplicado questionário e feito o registro das espécies das cultivadas. Por meio de dados secundários foi realizado o levantamento das espécies regenerantes em fragmentos florestais. Dos quatro viveiros consultados, constatou-se que são cultivadas 78 espécies, sendo 69,2% nativas. Já nos dez trabalhos consultados foram mencionadas 184 espécies, destas 87,0 % são nativas. Comparando essas informações à similaridade florística é de apenas 10,3 % para o total de espécies e de 8,2 % entre as espécies nativas. O Pau Brasil (Paubrasilia echinata) foi a única espécie presente em todos os viveiros e 78,2% das espécies foram produzidas em apenas um. Dentre as famílias botânicas a Fabaceae teve maior representatividade de espécies, tanto para os fragmentos florestais (25) quanto para os viveiros (18). Nos viveiros, a categoria sucessional das espécies pioneiras representou (29,6%) e a zoocoria (59,2%) predominou entre as síndromes de dispersão. Diante dos resultados foi possível ter um retrato do baixo quantitativo de espécies nativas nos viveiros indicando que esta produção pode afetar o sucesso dos projetos de restauração de áreas degradadas. É, portanto, necessário aumentar a diversidade dessas espécies e de seus atributos funcionais tendo como referência a riqueza de espécies vegetais da Floresta Atlântica do Estado, visto que na restauração cada espécie tem seu tempo e sua função na continuidade das florestas futuras.