Análise situacional do Parque Metropolitano Armando de Holanda Cavalcanti a partir da percepção de gestores e comunidade
Date
2018-12-20Author
Fernandes, Ana Raquel Oliveira
http://lattes.cnpq.br/0784579439365196
Metadata
Show full item recordAbstract
Estudos de percepção ambiental estão sendo utilizados para conhecer a relação da
população com as áreas protegidas, visando à conservação da natureza a partir
deste conhecimento, intercedendo na resolução de conflitos e auxiliando no manejo
dessas áreas. Para contribuir nestes aspectos, o presente estudo foi realizado na
comunidade da Vila de Nazaré, localizada no interior do Parque Metropolitano
Armando de Holanda Cavalcanti no município do Cabo de Santo Agostinho, litoral
Pernambucano e também com os Gestores da área protegida. A pesquisa teve
como objetivo conhecer a percepção ambiental dos moradores e dos membros do
conselho gestor do Parque Metropolitano. Foram realizados levantamentos
bibliográficos em órgãos públicos, bibliotecas e consultados sítios da internet para
subsidiar o desenvolvimento da pesquisa. A metodologia utilizada para a coleta de
informações foi a realização de entrevistas com roteiro semi-estruturado, com
questões abertas e fechadas, aplicadas a moradores da Vila e aos Gestores do
Parque. A análise dos dados revelaram vários problemas entre a Gestão do Parque
e os moradores da Vila de Nazaré. O principal problema foi a ausência de
comunicação entre a Gestão e a comunidade e a ausência do poder público na
fiscalização e monitoramento do local. A partir das informações obtidas junto aos
moradores e verificação in loco constatou-se que o processo de degradação da área
do Parque é antrópico, causado principalmente pela especulação imobiliária.
Veranistas e especuladores estão construindo dentro da área do Parque de forma
irregular, abrindo estradas e comprometendo a qualidade de vida da população
local. Dessa maneira, fica evidente a necessidade de aproximação da Gestão com a
população, realização de administração compartilhada com os moradores e
execução do plano de gestão considerando a realidade do lugar, envolvendo os
comunitários para que se tornem agentes socioambientais no processo de
conservação do Parque.