dc.description.abstract | The issue of sanitation services in Brazil is a serious problem, a consequence of the disorderly
process of urbanization and the lack of investment and planning by the government, such
conditions directly interfere in the quality of life and health of the population, resulting in
many cases, in socio-environmental injustice. This study aimed to analyze the inequalities in
access to sanitation services (SAE) in the city of Cabo de Santo Agostinho, as well as to
correlate these inequalities with the registration of waterborne diseases in the period from
2007 to 2017. The fulfillment of these objectives was through the construction of a diagnosis
of the conditions of the current offer of these services. The methodology was based on the
analysis of variables related to water supply, such as the number of total population, urban
and rural served, in addition to the number of active water connections. The results show that
in Cabo there is a discrepancy between the provision of services, 85% of the population is
served by water supply, however, only 10.6% have a sewage collection service, which puts
Cabo in the 11th position among RMR municipalities regarding collection. As for diseases,
considering the incidence of cases, Cabo appears among the worst results in terms of
Leptospirosis, and this situation is reflected within the city with the neighborhoods of
Downtown, Ponte dos Carvalhos and Cohab, however these neighborhoods do not have the
worst conditions as for water and sewage services, but they are some of the most populous in
the municipality, which leads to believe that the number of population influences the
occurrence even more than the conditions of water and sewage service. Therefore, it was
possible to conclude that the conditions of services in the municipality are far below its
collection, which warns about the need for a revision of the sanitation plan and an urgent need
for intervention by the public power aimed at reducing these inequalities. | pt_BR |
dc.relation | AZEREDO, C. M. et al. Avaliação das condições de habitação e saneamento: A importância
da visita domiciliar no contexto do Programa de Saúde da Família. Ciencia e Saude Coletiva,
v. 12, n. 3, p. 743–753, 2007.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil, Brasília, 5
out.1988.
BRASIL. Ministério das Cidades. Política Nacional de Saneamento Ambiental, Brasilia,
2003.
DUARTE, L. H. DA S. M. et al. A crise urbana ambiental e a carência do planejamento
ambiental para o saneamento básico. Colloquium Humanarum, v. 10, n. Especial, p. 196–
204, 2013.
FRANCO, M. A.R. Planejamento ambiental para a cidade sustentável. São Paulo: Annab
lume: FAPESP, 2001, 35 p.
KAZTMAN, Rubén. Notas sobre la medición de la vulnerabilidad social. In: BID – Banco
Mundial- -CEPAL-IDEC, 5° Taller Regional. La medición de la pobreza: métodos y
aplicaciones (continuación)., 2000, Santiago de Chile, CEPAL, p. 275-301.
LIMA, R. DA S. Expansão urbana e acessibilidade: o caso das cidades médias brasileiras.
Dissertação de Mestrado - Escola de Engenharia de São Carlos, Departamento de Transportes,
Universidade de São Paulo, São Paulo, 1998.
MACHADO, L. M. C. P. Qualidade Ambiental: indicadores quantitativos e perceptivos. In:
MARTOS, H. L.; MAIA, N. B. Indicadores Ambientais. Sorocaba: Bandeirante Ind.
Gráfica S.A, 1997.
MINAS GERAIS. Companhia de Saneamento - COPASA MG. Cartilha sobre Doenças de
Veiculação Hidricas. Minas Gerais, 2009.
MORAES, C. W. D. DE; BEZERRA, A. C. V. Classificação das condições socioambientais
dos arredores dos domicílios que apresentaram casos de microcefalia na cidade do Recife. In:
CONGRESSO NORTE-NORDESTE DE PESQUISA E INOVAÇÃO, n 12., 2018, Recife.
Anais do XII CONNEPI. Recife: IFPE, 2018. p. 8.
MORAES, L. R. S. Conceitos de Saúde e Saneamento. Salvador: DHS/UFBA, 1993. 6p.
Não Publicado
PENNA, N. A.; FERREIRA, I. B. Desigualdades socioespaciais e áreas de vulnerabilidades
nas cidades. Mercator, v. 13, n. 3, p. 25–36, 2014.
PRÜSS - USTIN, A., BOS, R., GORA, F. & BARTRAM, J. Safer water, better health:
costs, benefi ts and sustainability of interventions to protect and promote health. Geneva:
WHO, 2008, 53 p.
RAZZOLINI, M. T. P.; GÜNTHER, W. M. R. Impactos na saúde das deficiências de acesso a
água TT. Saúde Soc, v. 17, n. 1, p. 21–32, 2008.
REANI, R. T.; SEGALLA, R. A situação do Esgotamento Sanitário na Ocupação
Periférica de Baixa Renda em Áreas de Mananciais: Consequências Ambientais no Meio
Urbano. III Encontro da ANPPAS. ANPPAS. Brasília. 2006.
REZENDE, S.C. Utilização de instrumentos demográficos na análise da cobertura por
redes de abastecimento de água e esgotamento sanitário no Brasil. Tese de Doutorado,
Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2005.
RIBEIRO, H. Saúde Pública e Meio Ambiente : evolução do conhecimento e da prática,
alguns aspectos éticos. Saúde e Sociedade, v. 13, n. 1, p. 70–80, 2004.
SOARES, S. R. A.; BERNARDES, R. S.; CORDEIRO NETTO, O. DE M. Relações entre
saneamento, saúde pública e meio ambiente: elementos para formulação de um modelo de
planejamento em saneamento. Cadernos de Saúde Pública, v. 18, n. 6, p. 1713–1724, 2002.
SANTOS NETO, A. O. Avaliação bacteriológica de águas de bebedouros em escolas da
rede pública estadual da zona sul de Recife-PE. Monografia de conclusão de curso,
Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2003.
TAMBELLINI, A. T.; CÂMARA, V. M. A temática saúde e ambiente no processo de
desenvolvimento do campo da saúde coletiva: aspectos históricos, conceituais e
metodológicos. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 3, n. 2, p. 47-59, 1998.
TUCCI, C. E. M. Águas Urbanas. Estudos Avançados, v. 22, n. 63, p. 97–112, 2008. | pt_BR |
dc.description.resumo | A questão dos serviços de saneamento no Brasil é um problema grave, consequência do
processo desordenado de urbanização e da falta de investimento e planejamento por parte do
poder público, tais condições interferem diretamente na qualidade de vida e na saúde da
população, resultando em muitos casos, na injustiça socioambiental. Este trabalho teve como
objetivo analisar as desigualdades no acesso aos serviços de saneamento (SAE) no município
do Cabo de Santo Agostinho, bem como correlacionar estas desigualdades com o registro de
doenças de veiculação hídrica no período de 2007 a 2017. O atendimento destes objetivos
deu-se através da construção de um diagnóstico das condições da oferta atual destes serviços.
A metodologia baseou-se na análise de variáveis relativas ao abastecimento de água, como
quantitativo de população total, urbana e rural atendida, além da quantidade de ligações ativas
de água. Os resultados apontam que no Cabo há uma discrepância entre a prestação dos
serviços, 85% da população é atendida por abastecimento de água, no entanto, apenas 10,6%
conta com o serviço de coleta de esgoto, o que põe o Cabo na 11ª posição entre os municípios
da RMR quanto a coleta. Quanto as doenças, considerando a incidência dos casos, o Cabo
aparece entre os piores resultados quanto a Leptospirose, e esse cenário se reflete dentro do
município tendo os bairros do Centro, Ponte dos Carvalhos e Cohab, no entanto esses bairros
não apresentam as piores condições quantos aos SAE, mas são alguns dos mais populosos do
município, o que leva a crer que o quantitativo de população influencia na ocorrência até mais
do que as condições dos SAE. Com isso foi possível concluir que as condições dos serviços
no município estão muito aquém da sua arrecadação, o que alerta quanto a necessidade de
uma revisão do plano de saneamento e uma necessidade urgente de intervenção do poder
público que vise a diminuição dessas desigualdades. | pt_BR |