A arte cinematográfica: potencialidades metodológicas para o processo de ensino-aprendizagem

Abstract

a cartilha intitulada “A Arte Cinematográfica: potencialidades metodológicas para o processo de ensino-aprendizagem”. Essa cartilha foi pensada a partir das análises de conteúdo das entrevistas realizadas, com as professoras e com os professores participantes, durante o processo de desenvolvimento dessa investigação. Pudemos constatar nas análises das falas sobre a necessidade de se adquirir maior conhecimento do campo da narrativa cinematográfica para melhor utilização do produto cinematográfico como recurso didático em sala de aula, como podemos observar a seguir: Eu não sei se consigo extrair do filme […] todo seu potencial artístico, estético, porque eu realmente não conheço, eu não tenho arcabouço pra fazer essa análise. […] na parte estética sempre foi muito intuitivo [...] (P1BC). […] esta entrevista está sendo até informativa pra mim porque me despertou, nesse sentido, assim de que eu uso o recurso, uso o cinema como recurso didático, mas eu nunca parei pra mostrar: - Olha, gente, como esse filme assim, em termo de arte, veja como é importante! Eu nunca parei pra pensar nisso e realmente é uma coisa que me despertou agora […] como esse conhecimento mais técnico em relação ao cinema pode ajudar, né, no processo de implementação dessa forma de arte no processo de ensino-aprendizagem (P2BC). […] eu não compreendo nenhum conceito, seu próprio formulário de pesquisa, eu fui pesquisar alguns conceitos, porque não sabia de nada de cinema, além de assistir um filme [...] mas era muito importante, porque a gente conseguiria extrair mais ainda do que ele possa oferecer se a gente tivesse uma compreensão mínima de determinados aspectos conceituais da produção da Sétima Arte [...] (P4BT). […] eu sei que tem grau de sofisticações que eu não alcanço porque não me dediquei e não tive a oportunidade de aprender isso a assistir um filme, digamos, apreciando o sentido artístico ou a importância de arte […] P5BT. Essa preocupação já havíamos encontrado nas colocações da professora Rosália Duarte (2002, p. 38), no livro “Cinema e Educação”, no qual, em determinado momento ela afirma: A maior parte de nós aprende a ver filmes pela experiência, ou seja, vendo (na telona ou na telinha) e conversando sobre eles com outros telespectadores. […] Mas isso não significa que devamos deixar o conhecimento da gramática cinematográfica para os especialistas. Ao contrário, conhecer os sistemas significadores de que o cinema se utiliza para dar sentido às suas narrativas aprimora nossa competência para ver e nos permite usufruir melhor e mais prazerosamente a experiência com filmes (grifo da autora)