dc.description.resumo | As atividades exercidas pelo ser humano ao longo dos anos visando o desenvolvimento
econômico, aumentando assim, a necessidade de exploração dos recursos hídricos para
agricultura, indústria, dentre outras atividades, bem como o crescimento populacional, tem
causado a degradação dos recursos hídricos pela destruição da mata ciliar, das florestas e do
aporte de fósforo e nitrogênio. A contaminação por efluentes domésticos e industriais tem
causado vários problemas de saúde pública, como a contaminação de mananciais por
microrganismos patógenos, agrotóxicos, metais, dentre outros.
Neste contexto, os efluentes lançados sem tratamento ou com tratamento deficitário,
apresentam alto teor de compostos orgânicos em sua composição, que aliados às elevadas
temperaturas do território brasileiro propiciam a proliferação das cianobactérias em
reservatórios de água utilizados para o abastecimento público. Essas cianobactérias podem
apresentar produção de metabólitos potencialmente tóxicos aos seres aquáticos e humanos,
denominados de cianotoxinas.
Quando em concentrações elevadas, as cianobactérias podem conferir sabor e odor à
água, bem como sua presença nos sistemas de tratamento de água provocam baixa eficiência na
capacidade de tratamento, ocorrendo uma menor eficiência na decantação e sobrecarga nos
filtros (BITTENCOURT-OLIVEIRA; MOLICA, 2003).
A eutrofização dos mananciais provoca o aumento da matéria orgânica e das
cianobactérias, não sendo neste caso adequado o uso do cloro como agente oxidante, pois, em
seu processo de reação pode ser obtido como subproduto desta oxidação compostos
halogenados carcinogênicos, denominados tri-halometanos e ácidos haloacéticos
(TANGERINO, DI BERNARDO, 2005).
As algas e cianobactérias podem causar sérios problemas operacionais nas ETA’s,
podendo flotar nos decantadores e serem carreadas para os filtros, obstruindo-os em poucas
horas de funcionamento. Quando presentes em grandes quantidades, algumas cianobactérias
podem provocar odor na água tratada e podem ter a possibilidade de liberar toxinas
extremamente perigosas ao ser humano (DI BERNARDO et al, 2010). | pt_BR |